Bá, estou com muitas saudades, obrigada pela sugestão.
Este é um trecho parcial retirado de uma matéria de Érika Busani, (07/10/2012), Gazeta do Povo.*
"Criança gosta é de ganhar brinquedo. Mas um mimo que ela vai agradecer pelo resto da vida vem recheado de afeto e se chama autoestima"
A
autoestima é tão importante porque é a forma como nos vemos e nos posicionamos
no mundo. “Quando ela é baixa, a pessoa é insegura, não tem autoconfiança, está
sempre com a sensação de que as coisas não vão acontecer e tem culpas que não
são suas”, define Tatiana Centurion, psicóloga sistêmica familiar.
Saiba mais
Aprendizado
desde o berço
Estimular
o bebê desde cedo pode fazer toda a diferença entre uma criança insegura ou
cheia de confiança. “As pessoas normalmente dissociam as áreas sensorial,
perceptiva e emocional da criança, mas está tudo interligado”, lembra a
terapeuta ocupacional Gláucia Gallerani, da Oficina de Crianças.
Quando
o bebê faz um trabalho de estimulação, melhora as reações de proteção e de
equilíbrio. Gláucia dá o exemplo dos exercícios feitos com bolas ou redes com
balanço. “Trabalham a instabilidade das situações, vai ser uma criança menos
medrosa.” No túnel, lidar com a noção de aberto, fechado, claro, escuro, resulta
em confiança. A ideia é sempre chegar a um equilíbrio: “Os bebês muito
impulsivos, a gente dosa para ficar mais cautelosos, os muito lentos, a gente
incentiva”, conta.
...Espelho
Mas
não basta apenas interagir. O exemplo é essencial. “No convívio familiar ela
ouve e enxerga como agem seus pais em relação a si mesmos, ao cônjuge, aos seus
amigos e aos seus filhos. E pode haver congruências ou incongruências entre o
que digo e faço e como eu reajo. Os pais são espelhos onde os filhos podem se
refletir e se identificar, assim como os demais relacionamentos significativos,
com professores, colegas e amigos. A criança só pode se ver por meio dos
reflexos que ela produz nos outros”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Vera
Regina Miranda, mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência e professora
da Universidade Positivo.
A
empresária Ana Paula Zilio Assunção, 36 anos, sabe o valor do exemplo na
educação dos filhos Thiago, 6, e Julia, 4. “Não adianta falar uma coisa e fazer
outra diferente”, diz a mãe, que costuma dizer e mostrar aos filhos que é
preciso se amar como se é. “Sempre falo que a gente é lindo fazendo o bem, sendo
bom para o amigo.” Para convencer a filha de que seus cachinhos eram lindos, Ana
Paula chegou a enrolar seus próprios fios lisos.
É
aquele tipo de atitude que vai ficar para sempre com os filhos, que nutre de
afeto a memória e traz aquela calorosa sensação de pertencimento. A engenheira
civil Maria Alice Cordeiro Soares, 37 anos, teve uma dessas com o filho Pedro
Henrique, 11. Para mostrar o que é o tão falado amor incondicional, Maria Alice
leu no dicionário o significado da palavra ao filho. E complementou: “Vou te
amar em qualquer situação, por outro lado, vou sempre te corrigir”. Para a mãe,
é importante dar a segurança de que os pais estarão sempre dispostos a dar
apoio....
...Como
dar segurança
Está
nas mãos dos pais a base da autoestima de seus filhos. Não é pouca coisa. As
especialistas entrevistadas dão algumas dicas de como estruturar essa
segurança
•
Expresse amor – a criança precisa saber que foi desejada, que tem
importância na vida dos pais. Ela percebe isso em atitudes, palavras e troca de
carinho. “Criança precisa de colo, de acolhimento, sempre”, diz a psicóloga
Tatiana Centurion. Mesmo na adolescência, quando eles dizem que não
querem.
•
Reconheça as capacidades – valorize as conquistas de seu filho, mas
também oriente em seus erros. E lembre-se: orientação não é crítica, nem
julgamento.
•
Estimule a autonomia – quando os pais interferem o tempo todo, é como
se a criança não fosse capaz. Ela fica muito desestimulada de continuar
tentando.
•
Evite o excesso de proteção – criança protegida demais pode acreditar
que apenas seus pais são capacitados para agir, passando a depender deles em
atitudes nas quais deveria ter iniciativa e autonomia.
•
Demonstre interesse – pelas suas coisas, pelos seus estudos, pelos seus
amigos.
•
Valorize suas opiniões e sentimentos – pergunte sempre sobre o que está
acontecendo e quando perceber emoções negativas ou positivas, questione sobre
como seu filho se sentiu naquele momento. Mas não exagere para não ficar
cansativo.
•
Valorize pelo que ele é, não pelo que faz – jamais ridicularize seu
filho. Se ele tentou te ajudar a limpar a casa e não fez direito, o importante é
a intenção. Aos poucos, vá ensinando a fazer “melhor” e não fazer
“direito”.
•
Não elogie o tempo todo – a criança percebe quando o elogio é falso. Se
ela traz um desenho sem capricho e você sabe que ela tem condições de fazer
melhor, incentive-a.
•
Pai e mãe são humanos – não tenha receio de dizer “não estou bem agora,
conversamos depois”. Nem de assumir seus erros ou pedir desculpas.
•
Tudo tem seu tempo – não tenha pressa de que seu filho passe para a
próxima fase. Que ele ande logo, fale logo. “Os pais devem se lembrar que as
fases não evoluem todas no mesmo ritmo. Às vezes o filho de 11 anos é
inteligente em várias áreas e tem uma reação emocional que parece de uma criança
de 7. A diferença de níveis faz parte do amadurecimento”, explica a terapeuta
ocupacional Gláucia Gallerani.
•
Não rotule – frases como “você não tem jeito”, “você é terrível”, “você
é egoísta” levam a criança a acreditar naquilo e ela desiste de mudar ou
aprender. Critique o comportamento, não a pessoa: “Não gostei do que você fez”
no lugar de “não gosto de você”.
•
Diga não – dizer sempre sim ao filho é um erro. “Viver pressupõe
administrar contrariedades e imprevisibilidades, que devem ser administradas
dentro e fora do contexto familiar, porque cedo ou tarde elas surgirão”, lembra
a psicóloga Vera Regina Miranda."
* 1 - Apud Oficina de Crianças.
Ju,
ResponderExcluirVoce esta se superando!
Amei,inddico seu blog com gosto e acredito que é super bacana para os pais de primeira,segunda viagem...
Parabéns!
Amei!!! Bela matéria... e me identifiquei muito.Acho que fiz e to fazendo tudo certo.Mas posso dar uma sugestão tbm...que tal uma matéria sobre síndrome do ninho vazio.Acho que seria uma boa para mamães novas quando os filhos começam na escolinha e para as mamãe que seus filhos começam a sair de casa.beijocas
ResponderExcluirGOSTEI MUITO DA MATERIA. SEMPRE APRENDEMOS!!!
ResponderExcluirESTOU ADORANDO ACOMPANHAR O SEU BLOG.
BEIJOS
PATRICIA