quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Presente para a vida.

Meninas, uma amiga do coração me indicou essa matéria e eu simplesmente amei, desculpa para quem acha que a postagem está longa, porque, já eu, acho que ela está curta demais, sorry, mas esse é um assunto tão vasto, que eu gosto tanto, que por mim poderíamos discorrer sobre isso dias e mais dias incessantemente e, ainda assim, acho que teríamos assunto.
Bá, estou com muitas saudades, obrigada pela sugestão.

Este é um trecho parcial retirado de uma matéria de Érika Busani, (07/10/2012), Gazeta do Povo.*
"Criança gosta é de ganhar brinquedo. Mas um mimo que ela vai agradecer pelo resto da vida vem recheado de afeto e se chama autoestima"



"Todo pai e toda mãe desejam que seu filho seja feliz. Muitos, no entanto, não atinam que muito desse bem-estar é construído em casa. A base para que isso ocorra se chama autoestima e, sim, os pais têm uma influência considerável na formação dessa estrutura.

A autoestima é tão importante porque é a forma como nos vemos e nos posicionamos no mundo. “Quando ela é baixa, a pessoa é insegura, não tem autoconfiança, está sempre com a sensação de que as coisas não vão acontecer e tem culpas que não são suas”, define Tatiana Centurion, psicóloga sistêmica familiar.
Saiba mais
Aprendizado desde o berço
Estimular o bebê desde cedo pode fazer toda a diferença entre uma criança insegura ou cheia de confiança. “As pessoas normalmente dissociam as áreas sensorial, perceptiva e emocional da criança, mas está tudo interligado”, lembra a terapeuta ocupacional Gláucia Gallerani, da Oficina de Crianças.
Quando o bebê faz um trabalho de estimulação, melhora as reações de proteção e de equilíbrio. Gláucia dá o exemplo dos exercícios feitos com bolas ou redes com balanço. “Trabalham a instabilidade das situações, vai ser uma criança menos medrosa.” No túnel, lidar com a noção de aberto, fechado, claro, escuro, resulta em confiança. A ideia é sempre chegar a um equilíbrio: “Os bebês muito impulsivos, a gente dosa para ficar mais cautelosos, os muito lentos, a gente incentiva”, conta.
...Espelho
Mas não basta apenas interagir. O exemplo é essencial. “No convívio familiar ela ouve e enxerga como agem seus pais em relação a si mesmos, ao cônjuge, aos seus amigos e aos seus filhos. E pode haver congruências ou incongruências entre o que digo e faço e como eu reajo. Os pais são espelhos onde os filhos podem se refletir e se identificar, assim como os demais relacionamentos significativos, com professores, colegas e amigos. A criança só pode se ver por meio dos reflexos que ela produz nos outros”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Vera Regina Miranda, mestre em Psicologia da Infância e da Adolescência e professora da Universidade Positivo.
A empresária Ana Paula Zilio Assunção, 36 anos, sabe o valor do exemplo na educação dos filhos Thiago, 6, e Julia, 4. “Não adianta falar uma coisa e fazer outra diferente”, diz a mãe, que costuma dizer e mostrar aos filhos que é preciso se amar como se é. “Sempre falo que a gente é lindo fazendo o bem, sendo bom para o amigo.” Para convencer a filha de que seus cachinhos eram lindos, Ana Paula chegou a enrolar seus próprios fios lisos.
É aquele tipo de atitude que vai ficar para sempre com os filhos, que nutre de afeto a memória e traz aquela calorosa sensação de pertencimento. A engenheira civil Maria Alice Cordeiro Soares, 37 anos, teve uma dessas com o filho Pedro Henrique, 11. Para mostrar o que é o tão falado amor incondicional, Maria Alice leu no dicionário o significado da palavra ao filho. E complementou: “Vou te amar em qualquer situação, por outro lado, vou sempre te corrigir”. Para a mãe, é importante dar a segurança de que os pais estarão sempre dispostos a dar apoio....
...Como dar segurança
Está nas mãos dos pais a base da autoestima de seus filhos. Não é pouca coisa. As especialistas entrevistadas dão algumas dicas de como estruturar essa segurança
• Expresse amor – a criança precisa saber que foi desejada, que tem importância na vida dos pais. Ela percebe isso em atitudes, palavras e troca de carinho. “Criança precisa de colo, de acolhimento, sempre”, diz a psicóloga Tatiana Centurion. Mesmo na adolescência, quando eles dizem que não querem.
• Reconheça as capacidades – valorize as conquistas de seu filho, mas também oriente em seus erros. E lembre-se: orientação não é crítica, nem julgamento.
• Estimule a autonomia – quando os pais interferem o tempo todo, é como se a criança não fosse capaz. Ela fica muito desestimulada de continuar tentando.
• Evite o excesso de proteção – criança protegida demais pode acreditar que apenas seus pais são capacitados para agir, passando a depender deles em atitudes nas quais deveria ter iniciativa e autonomia.
• Demonstre interesse – pelas suas coisas, pelos seus estudos, pelos seus amigos.
• Valorize suas opiniões e sentimentos – pergunte sempre sobre o que está acontecendo e quando perceber emoções negativas ou positivas, questione sobre como seu filho se sentiu naquele momento. Mas não exagere para não ficar cansativo.
• Valorize pelo que ele é, não pelo que faz – jamais ridicularize seu filho. Se ele tentou te ajudar a limpar a casa e não fez direito, o importante é a intenção. Aos poucos, vá ensinando a fazer “melhor” e não fazer “direito”.
• Não elogie o tempo todo – a criança percebe quando o elogio é falso. Se ela traz um desenho sem capricho e você sabe que ela tem condições de fazer melhor, incentive-a.
• Pai e mãe são humanos – não tenha receio de dizer “não estou bem agora, conversamos depois”. Nem de assumir seus erros ou pedir desculpas.
• Tudo tem seu tempo – não tenha pressa de que seu filho passe para a próxima fase. Que ele ande logo, fale logo. “Os pais devem se lembrar que as fases não evoluem todas no mesmo ritmo. Às vezes o filho de 11 anos é inteligente em várias áreas e tem uma reação emocional que parece de uma criança de 7. A diferença de níveis faz parte do amadurecimento”, explica a terapeuta ocupacional Gláucia Gallerani.
• Não rotule – frases como “você não tem jeito”, “você é terrível”, “você é egoísta” levam a criança a acreditar naquilo e ela desiste de mudar ou aprender. Critique o comportamento, não a pessoa: “Não gostei do que você fez” no lugar de “não gosto de você”.
• Diga não – dizer sempre sim ao filho é um erro. “Viver pressupõe administrar contrariedades e imprevisibilidades, que devem ser administradas dentro e fora do contexto familiar, porque cedo ou tarde elas surgirão”, lembra a psicóloga Vera Regina Miranda."
 
* 1 - Apud Oficina de Crianças.

3 comentários:

  1. Ju,
    Voce esta se superando!
    Amei,inddico seu blog com gosto e acredito que é super bacana para os pais de primeira,segunda viagem...
    Parabéns!

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  2. Amei!!! Bela matéria... e me identifiquei muito.Acho que fiz e to fazendo tudo certo.Mas posso dar uma sugestão tbm...que tal uma matéria sobre síndrome do ninho vazio.Acho que seria uma boa para mamães novas quando os filhos começam na escolinha e para as mamãe que seus filhos começam a sair de casa.beijocas

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  3. GOSTEI MUITO DA MATERIA. SEMPRE APRENDEMOS!!!
    ESTOU ADORANDO ACOMPANHAR O SEU BLOG.
    BEIJOS
    PATRICIA

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